Por mais que o termo tenha se popularizado a partir de 2020, graças a ações do Ministério da Saúde, as linhas de cuidado são um termo antigo que, de acordo com a Universidade Federal de Pelotas, surgiu em meados dos anos 2000.
Por mais que as linhas de cuidado do Ministério da Saúde tenham se tornado bastante populares no Sistema Único de Saúde (SUS), logo elas começaram a ser utilizadas por outros profissionais da área.
Afinal, uma linha de cuidado se conecta com vários termos importantes. Como exemplos, é possível citar saúde integral, medicina humanizada, métodos preventivos e inclusive personalização do atendimento.
É por isso que, cada vez mais, operadoras de saúde, clínicas, hospitais e profissionais da área estão adaptando as linhas de cuidado para seus próprios pacientes. Dessa forma, conseguem atuar na prevenção, tratamento e acompanhamento de determinadas enfermidades, ao mesmo tempo que previnem casos mais extremos — e tudo de maneira personalizada, de acordo com o perfil pessoal de quem é atendido.
Quer entender mais sobre o que são linhas de cuidado, como montar a sua e quais as principais já disponibilizadas pelo SUS? Então continue a leitura do texto e confira!
Segundo o Ministério da Saúde, linhas de cuidado são padrões técnicos (para os profissionais de saúde) que reúnem, organizam e informam sobre quais ações devem ser adotadas para prevenir e para tratar determinado caso.
Geralmente, uma linha de cuidado é construída com base em dois pilares. O primeiro deles é a descrição das rotinas de cuidado do paciente, com informações e atividades para promover, tratar e prevenir enfermidades ou casos clínicos. Essa ação envolve diversos profissionais de saúde que irão atuar ao lado da pessoa atendida, para que ela tenha o máximo de bem-estar e qualidade de vida.
Já o segundo pilar foca em garantir que a linha de cuidado está sendo assertiva. Por isso, o principal objetivo é viabilizar a comunicação entre todos os profissionais envolvidos no tratamento do paciente, para que haja um padrão assistencial.
Se o paciente contar com uma rede de apoio envolvida na linha de cuidado, ela também deve participar do acompanhamento com os profissionais de saúde. O mesmo acontece para outros especialistas que podem se tornar necessários conforme o tratamento acontecer, a depender do caso.
O termo se tornou popular após o Ministério da Saúde solicitar, ao Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde, 24 propostas de linhas de cuidados, com foco em prevenir e tratar diferentes enfermidades.
Logo, atualmente, o Sistema Único de Saúde possui 24 linhas de cuidados construídas (finalizadas em 2022), que são utilizadas pelos profissionais do SUS para realização de diferentes tratamentos e prevenções.
Na prática, uma linha de cuidado integral funciona como um itinerário para o paciente. Ela define quais ações e serviços serão utilizados na prevenção e no tratamento das enfermidades, reúne passo a passo para que a pessoa consiga ter suporte de acordo com suas necessidades e são um grande instrumento de gestão e de assistência à saúde.
É importante frisar que as linhas de cuidado se conectam diretamente com a saúde integral, ou seja, leva em consideração não apenas questões relacionadas à saúde física dos pacientes. Para construí-las, é importante se atentar a fatores sociais e mentais durante a prevenção, o tratamento e a reabilitação de cada indivíduo.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, as linhas de cuidado possuem três principais objetivos:
As linhas de cuidado se mostram, portanto, excelentes ferramentas para que profissionais de saúde de diferentes expertises consigam trabalhar em conjunto, para criar planos que realmente levem bem-estar e qualidade de vida a quem mais importa: os pacientes!
As linhas de cuidado são extremamente relevantes para profissionais que desejam oferecer acompanhamentos focados em saúde integral e de maneira personalizada para os pacientes.
Na atenção primária à saúde, conforme aponta a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, as linhas de cuidado “organizam o atendimento de forma integral e contínua, focando na prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. Elas orientam o percurso do paciente no sistema de saúde, promovendo acolhimento, resolutividade e o fortalecimento do vínculo entre equipes e comunidade”.
Para os profissionais de saúde, são uma excelente oportunidade de unir diferentes especialidades, com foco em levar uma medicina humanizada e personalizada para os pacientes. Além de promover mais bem-estar, as linhas de cuidado permitem que expertises se somem e que, inclusive, novas experiências sejam adquiridas.
Elas ainda estimulam a continuidade do cuidado e buscam padronizar e integrar o atendimento aos pacientes, com base em diretrizes clínicas, que facilitam a comunicação entre todas as pessoas envolvidas na linha de cuidado integral.
No que tange às linhas de cuidado do Ministério da Saúde, elas podem ser entendidas como grandes avanços do SUS. Afinal, são mais uma ação do programa para garantir a integralidade dos atendimentos.
Por fim, para os pacientes, as linhas de cuidado são fundamentais para garantir a promoção de bem-estar e de qualidade de vida com foco na saúde física, mental e social. Para além de tratar, elas buscam prevenir e reabilitar as pessoas de acordo com suas necessidades individuais.
Segundo artigos publicados pelo Governo do Rio Grande do Sul e pela Universidade Federal de Pelotas, o primeiro passo para construir uma linha de cuidado integral é focar no paciente.
É ele quem deve ser o centro de todo o plano de cuidados, para que suas necessidades sejam atendidas. Logo, com base no indivíduo atendido, devem ser mapeados quais profissionais de saúde serão fundamentais para que ele tenha bem-estar e qualidade de vida.
Para além de questões físicas, é fundamental que a linha de cuidado leve em consideração fatores relacionados à saúde mental e ao ambiente social no qual o paciente está inserido. Afinal, eles impactarão a prevenção e o tratamento.
Com base no paciente e nos profissionais envolvidos, é o momento de estruturar, de fato, as linhas de cuidado. É preciso mapear fluxos bem estabelecidos a serem seguidos e definir caminhos para que a pessoa tenha acesso a especialistas quando necessário.
Além do conhecimento técnico para estruturar a linha de cuidado, é importante garantir que o paciente terá acesso aos profissionais e aos demais processos que o guiarão até o bem-estar.
Caso haja questões pessoais (como dificuldades financeiras), os profissionais de saúde precisam atuar de maneira individualizada e humanizada. Durante todo o processo, é essencial que haja humanização do atendimento e a criação de vínculos com o paciente.
Conforme a linha de cuidado é construída, aplicada e adaptada de acordo com o paciente, a equipe de saúde precisa se reunir rotineiramente. Assim, consegue identificar pontos de melhoria, propor novos planos e garantir que ela esteja cumprindo as necessidades do paciente.
Geralmente, é comum que haja um gestor responsável pela construção da linha de cuidado integral. É ele quem irá garantir que os profissionais de saúde envolvidos no plano trabalharão em conjunto, além de analisar se o paciente está tendo suas necessidades atendidas.
Por fim, vale destacar que as linhas de cuidado são processos vivos, que variam conforme novidades surgem dentro de cada especialidade e de acordo com o perfil do paciente. Logo, é preciso adaptação e trabalho ativo da equipe de saúde.
Como mencionado, em 2020, 24 linhas de cuidado do Ministério da Saúde foram criadas com o auxílio do Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde. Elas podem ser encontradas em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e em outros hospitais ou clínicas que oferecem serviços do SUS.
Abaixo, você confere detalhes sobre quais são essas linhas de cuidado. Elas podem ser adaptadas para seus pacientes ou utilizadas por profissionais de saúde que atendem via SUS.
É importante destacar que, atualmente, o Sistema Único de Saúde atende com base na integralidade dos serviços e na humanização do atendimento. Logo, as linhas de cuidado do Ministério da Saúde também irão se basear nesses princípios. Continue a leitura e saiba mais!
A linha de cuidado do AVC (acidente vascular cerebral) contempla casos agudos e crônicos. Como principais sinais de alerta, ela define:
Além disso, o Ministério da Saúde indica a aplicação da escala Cincinnati, a fim de uma anamnese mais assertiva. Se, após a aplicação, for identificado um sinal de alerta somado a um início súbito do sintoma, existe uma suspeita de AVC.
A linha de cuidado do AVC mapeia por quais canais o paciente pode entrar em contato com o SUS e quais são os caminhos para a realização do tratamento, a depender do caso clínico (se agudo ou crônico).
O Ministério da Saúde também disponibiliza pontos de atenção para gestores da linha de cuidado. É importante conhecê-los e identificá-los, a fim de prevenir possíveis riscos.
O principal objetivo da linha de cuidado de asma é tratar e controlar a doença, com pouca ou nenhuma necessidade de medicação. Além disso, ela também visa reduzir limitações físicas e diminuir riscos futuros, como perda da função pulmonar.
Para criar uma linha de cuidado focada em asma é preciso analisar o objetivo do tratamento junto ao paciente, quais são os recursos disponíveis e quais profissionais de saúde precisam ser envolvidos dependendo do caso clínico.
Além disso, se necessário, é preciso definir ações de formação profissional para a equipe de saúde, assim como adequar os processos de acordo com o paciente e garantir monitoramento constante.
O Ministério da Saúde também disponibiliza pontos críticos já identificados para o tratamento do caso clínico. No documento, é possível identificar quais exames e procedimentos precisam ser realizados.
Atualmente, o câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres, além de ser a principal causa de falecimento por câncer entre as pessoas do gênero. Por ser uma doença que varia de paciente para paciente, o tratamento será baseado nas características individuais de quem é atendido.
Logo, a linha de cuidado integral é influenciada pelo estado da enfermidade no paciente. Quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores são as chances de cura. Para realizar o tratamento, é fundamental envolver um oncologista. Outras especialidades, a depender do caso clínico, também podem ser necessárias.
O Ministério da Saúde aponta pontos críticos que devem ser analisados, ao mesmo tempo que frisa que é papel dos gestores de saúde organizar e implantar linhas de cuidado que foquem em prevenir, minimizar, rastrear e tratar o câncer de mama.
Conforme aponta o Ministério da Saúde, o Brasil é o país com maior número de pessoas depressivas na América Latina e o segundo com mais casos na América. Muitas vezes, este caso é subdiagnosticado e subtratado, o que pode gerar problemas para o paciente.
Logo, a depressão precisa ser tratada como um caso sério e de forma compartilhada com as especialidades necessárias conforme o quadro clínico. O SUS conta, hoje em dia, com a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que deve ser envolvida no tratamento sempre que preciso.
Além do RAPS, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) também deve ser levado em consideração. A depressão é uma enfermidade relacionada à saúde mental, porém também é influenciada por fatores sociais e pode gerar impactos físicos no paciente.
Logo, é fundamental implementar linhas de cuidado focadas na doença, analisando recursos e especialidades necessárias conforme o caso, assim como é preciso garantir monitoramento constante.
A linha de cuidado de diabetes, criada pelo Ministério da Saúde, estabelece melhores práticas para diagnóstico e tratamento de casos agudos e crônicos. Ela define, inclusive, critérios para identificação da doença com assertividade, a fim de garantir um padrão.
Para além do tratamento, a linha de cuidado ainda tem como objetivo a criação de políticas públicas para prevenir a diabetes tipo 2. O ideal é que o diagnóstico seja rápido, para que haja intervenção contínua, assim como controle de fatores de risco e de complicações.
A linha de cuidados para diabetes estabelece, ainda, a relação de medicamentos que podem ser utilizados para o tratamento da enfermidade, a depender do caso. Todas as opções presentes na lista podem ser retiradas pelo SUS.
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ocorre devido à obstrução das pequenas vias aéreas e à destruição parenquimatosa. Os sintomas começam aos poucos e vão se tornando cada vez mais persistentes, podendo durar dias em casos graves.
No Brasil, a DPOC é uma das cinco principais causas de falecimento entre todas as idades, conforme aponta o Ministério da Saúde. Por mais que a enfermidade não tenha cura, é possível preveni-la e tratá-la.
A depender do caso clínico, será necessário estabelecer recursos disponíveis, especialidades necessárias para o tratamento, adequar a gestão dos processos e garantir monitoramento constante. O relatório de pontos críticos, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, também deve ser consultado.
A doença renal crônica (DRC) como anormalidades estruturais ou persistentes no órgão, com duração de três meses ou mais. A enfermidade é prolongada e geralmente assintomática, causando repercussões no sistema dos pacientes a longo prazo.
Geralmente, a DRC está associada a outros casos clínicos que ocasionam a perda da função renal. Como exemplo, é possível citar hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus (DM).
A linha de cuidado da DRC visa identificar o mais rápido possível causas de perda renal, além de tratar sintomas iniciais e minimizar fatores de riscos. O mapa de pontos críticos contempla, ainda, atenção especializada para casos ambulatoriais.
A dor lombar, localizada na região abaixo das costas e acima dos glúteos, é a principal causa de incapacidade em todo o mundo, conforme aponta o Ministério da Saúde. Se durar até quatro semanas, é classificada como aguda. Se persistente (superior a 12 semanas), é crônica.
As principais origens para a dor lombar são torção ou estiramento (70%), processo degenerativo dos discos e facetas, geralmente devidos à idade (10%), hérnia de disco (4%), fratura compressiva osteoporótica (4%) e estenose do canal vertebral (3%).
Geralmente, este diagnóstico é resolvido de maneira espontânea. Logo, a linha de cuidado da dor lombar visa tratar casos em que o desconforto possui origem mecânica. Ao mesmo tempo, orienta profissionais de saúde a investigarem casos graves, pois eles podem estar associados a outras enfermidades.
Se o caso for grave, existem exames que podem ser solicitados, os quais estão descritos no plano de pontos críticos. Caso necessário, é possível envolver outras especialidades e até realizar o encaminhamento para a emergência.
A dor torácica pode estar relacionada a diversas condições clínicas. Logo, justamente pela variedade e pelo potencial de risco deste desconforto, é fundamental realizar um diagnóstico preciso e rápido do caso, conforme os sintomas do paciente.
Como algumas condições podem oferecer risco de vida imediato, para mitigar riscos ao paciente. A depender do diagnóstico, será preciso envolver outras especialidades e garantir acompanhamento frequente.
A dor torácica é dividida entre aguda e crônica e, de acordo com o diagnóstico, linhas de cuidado específicas devem ser seguidas. O mapeamento de pontos críticos e demais orientações podem ser acessados na página do Ministério da Saúde.
As hepatites virais podem ser transmitidas pelos vírus A, B, C, D e E. No Brasil, as mais comuns são a A, B e C, com exceção da região Amazônica, em que a D também possui maior presença.
As infecções pelo vírus B, C e D podem se tornar crônicas, gerando outros problemas de saúde. Por isso, é importante realizar o diagnóstico precoce, para garantir tratamento adequado e minimizar impactos na qualidade de vida.
Os exames para identificação das hepatites B e C podem ser feitos no SUS, por meio do teste rápido. Quando diagnosticada, esta enfermidade pode demandar a realização de outros exames, a depender do caso. Também é preciso contar com o apoio de outras especialidades, como aponta o mapa de pontos críticos.
Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (HAS) deve ser realizado entre duas a três consultas, com intervalo de uma a quatro semanas entre elas, a depender do nível da pressão nas artérias.
Casos em que a pressão arterial está igual ou maior a 180/110 mmHg, com incidência de doença cardiovascular, são uma exceção a essa regra. Com base na anamnese e nos pontos críticos observados, as linhas de cuidado de hipertensão disponibilizadas pelo Ministério da Saúde devem ser adaptadas.
Logo, a crise hipertensiva e a HAS crônica possuem linhas de cuidados para hipertensão diferentes. Conforme aponta o Ministério da Saúde, o enfoque deve estar na prevenção, no diagnóstico precoce, no tratamento contínuo, no controle dos fatores de risco associados e na prevenção de complicações, garantindo ações de vigilância e promoção de bem-estar e qualidade de vida.
É válido destacar que o órgão também disponibiliza a lista de medicações para HAS conforme cada caso, que podem ser utilizadas como referência ou até aplicadas no tratamento. Todos os remédios podem ser retirados gratuitamente, por meio do SUS.
Por mais que tenha diminuído de maneira bastante significativa nos últimos anos, a infecção pelo vírus HIV, quando não identificado em período inicial e tratada, pode se tornar Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e gerar casos clínicos graves.
Além disso, segundo o Ministério da Saúde, o HIV possui, atualmente, um status de doença crônica, devido ao aumento de enfermidades cardiovasculares e de diabetes em pessoas vivendo com o vírus.
Quando diagnosticado, o HIV precisa ser encaminhado para uma (ou mais) especialidade, de acordo com o caso. Em seguida, é preciso realizar o tratamento adequado e o monitoramento contínuo do paciente.
A linha de cuidado de HIV também menciona programas de prevenção e de conscientização a respeito do tema. A infecção pelo vírus ainda é repleta de preconceitos, de forma que é preciso educar a população sobre o assunto.
É válido mencionar que existe uma linha de cuidado para HIV específica para casos graves, os quais tendem a vir acompanhados de diversas complicações. Por fim, é importante destacar que, independentemente do caso, o tratamento é feito de maneira completa e gratuita via SUS.
Caso seja diagnosticado, o infarto agudo do miocárdio (IAM) deve ter o tratamento iniciado imediatamente, mesmo sem os resultados do exame de troponina, segundo a linha de cuidado integral do Ministério da Saúde.
O processo é altamente detalhado, com diretrizes para realização da triagem (em UPA e em unidade hospitalar), para interpretação do eletrocardiograma, para garantia de prevenção secundária, para manejo do SAMU e até para casos de suspeita (em Unidades de Atenção Primária).
É bastante provável que o IAM demande atuação de outras especialidades, de maneira que o plano de pontos críticos aborda quais diretrizes devem ser seguidas. Logo, esta linha de cuidado é excelente para servir de referência e até para ser aplicada em sua operadora de saúde, clínica ou hospital.
Comumente, a insuficiência cardíaca é um sintoma associado a outras condições de saúde. Logo, é uma síndrome clínica relacionada a outros fatores, que pode ser aguda ou crônica.
Dessa forma, as linhas de cuidado se ramificam conforme a situação, sendo elas:
O plano de pontos críticos aborda diretrizes para profissionais da atenção primária, assim como para as especialidades necessárias durante o tratamento.
Conforme aponta o Ministério da Saúde, “a obesidade é uma doença crônica, recidivante, multifatorial e com herança poligênica”. Logo, é influenciada pelo estilo de vida, costumes alimentares e fatores genéticos do paciente.
A obesidade pode gerar outras complicações, como problemas cardiovasculares, diabetes, câncer e cirrose. Logo, impacta diretamente na qualidade de vida e no bem-estar do paciente, a curto, médio e longo prazo.
O tratamento demanda linhas de cuidados multidisciplinares, que precisam atuar de maneira integral. Além de diagnóstico precoce, tratamento contínuo e controle de riscos, é indicado que haja ações de prevenção.
Uma pessoa com demência apresenta declínio cognitivo e/ou mudança de comportamentos, quando comparado a outros momentos, que impactam as atividades diárias e que não são explicáveis por outras doenças psiquiátricas ou casos pontuais, de estado confusional agudo.
O diagnóstico é clínico e especializado. Mesmo que não haja necessidade de exames para comprovação, o Ministério da Saúde indica a realização durante o processo de investigação e de tratamento.
Atualmente, a demência é a principal causa de morbidade entre idosos, sendo o Alzheimer e a demência vascular as mais comuns. A fim de garantir prevenção e tratamento adequados, o Ministério da Saúde disponibiliza as seguintes linhas de cuidado:
O mapa de pontos críticos aborda atuações para especialistas, além de promover o envolvimento de outros profissionais de saúde e o monitoramento constante do caso.
As linhas de cuidado da puericultura e a hebicultura buscam construir uma série de ações, da infância à adolescência, com foco em promover o bem-estar e minimizar doenças. É um fluxo complexo, que envolve a sociedade e os profissionais de saúde.
Na prática, ela promove atividades individuais e coletivas com foco em conscientização sobre saúde, realiza monitoramentos e campanhas de imunização, orienta de forma antecipatória e faz exames de riscos.
Justamente por isso, é preciso que as linhas de cuidado sejam multidisciplinares e envolvam a sociedade como um todo, por exemplo, escolas, igrejas, centros de educação e até outras operadoras de saúde, clínicas e hospitais.
Junto do mapa de pontos críticos, o Ministério da Saúde divulga diversos materiais de apoio, que podem ser utilizados na hora de criar uma linha de cuidado integral focada no assunto.
O tabagismo consiste em uma doença crônica, causada pela adicção em nicotina e em outras substâncias presentes no cigarro. Se trata de uma epidemia e causa diversos outros riscos à saúde e ao bem-estar do paciente.
Atualmente, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo promove campanhas para prevenir a iniciação, para cessar o tabagismo e para criar ambientes livres de nicotina.
No que tange aos agentes de saúde, o foco é atuar na abstinência tabágica, que envolve a cessação do tabagismo e a prevenção de recaídas. Para isso, são realizadas intervenções cognitivas, treinamento de habilidades comportamentais e tratamento com fármacos. Logo, essas linhas de cuidado também precisam de uma grande multidisciplinaridade.
Ao todo, são disponibilizadas, pelo Ministério da Saúde, nove linhas de cuidados para tabagismo, que podem ser utilizadas como referência:
Segundo o Ministério da Saúde, a Atenção Primária é o principal ponto de atenção na linha de cuidado do tabagismo. O paciente precisa realizar o tratamento perto de sua residência e ser acompanhado por diferentes especialidades, incluindo profissionais focados em saúde mental.
Quando sentida de maneira exacerbada, sem estímulo ou ameaça definida, com frequência, duração e intensidade desproporcionais, a ansiedade pode ser entendida como um transtorno mental. Em alguns casos, inclusive, pode resultar em sintomas físicos.
Logo, essa é uma das linhas de cuidado focada em saúde mental. Afinal, conforme aponta o Ministério da Saúde, a ansiedade é o transtorno psiquiátrico mais comum entre a população.
Existem linhas de cuidado focadas em casos agudos de ansiedade, assim como aquelas focadas no processo terapêutico e no rastreamento e diagnóstico. Conforme o caso, os planos podem ser acessados na página do Ministério da Saúde.
O consumo de álcool em alto nível pode gerar diversas outras enfermidades, além do transtorno pelo uso da substância. Para diagnosticar o paciente, é preciso que ele apresente 2 dos sintomas abaixo:
Caso o paciente apresente seis ou mais sintomas, o transtorno por álcool é classificado como grave. Quanto mais cedo for identificado, mais eficaz é o tratamento. O Ministério da Saúde possui, atualmente, nove linhas de cuidado para a enfermidade.
A linha de cuidado para TEA, ou seja, transtorno de espectro autista entende o distúrbio como uma neurodivergência. Geralmente, o paciente apresenta desenvolvimento e manifestações comportamentais atípicas, déficits na comunicação e na interação social e padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados. Ele também pode demonstrar um repertório restrito de interesses e atividades.
Geralmente, o diagnóstico acontece entre os dois e três anos de idade. Quando as intervenções comportamentais e o apoio na educação acontecem de forma precoce, os resultados no desenvolvimento do paciente tendem a ser mais efetivos.
A linha de cuidado para TEA deve ser criada levando em consideração o caso do paciente, assim como a participação ativa da família e da sociedade.
Este é um exemplo de linha de cuidado materna e infantil, pois foca as ações na prevenção, no diagnóstico precoce, no acompanhamento e no tratamento de crianças expostas ao Zika vírus durante a gestação.
Isso porque a pessoa grávida pode transmitir o Zika vírus para o embrião ou para o feto durante a gestação. Logo, esta gestação deve ser acompanhada para que o paciente e o bebê tenham diagnóstico e tratamento adequados.
As linhas de cuidado se estendem para diagnóstico precoce, casos agudos e condições graves. Também há diretrizes para tratamento das crianças, caso haja infecção. Os documentos na íntegra estão disponíveis na página do Ministério da Saúde.
Agora que você já sabe o que são linhas de cuidado, é hora de descobrir que existem plataformas que te ajudam a construir uma com mais facilidade, garantindo integralidade e acompanhamento frequente com os pacientes.
A plataforma de telemedicina e telessaúde da Ana Health é feita para operadoras de saúde, ambulatórios, clínicas e Unidades Básicas de Saúde que desejam agilizar o atendimento, garantir uma gestão mais eficaz e, evidentemente, promover mais bem-estar para os pacientes.
A plataforma é integrada com inteligência artificial, que reúne informações pertinentes sobre o paciente para agilizar o atendimento. Além disso, a IA pode enviar lembretes e mensagens de acompanhamento, para garantir que a linha de cuidado de fato está sendo assertiva.
Quer saber mais? Acesse o site da Ana Health, confira os benefícios e comece a construir linhas de cuidado eficazes, conectando toda a equipe de saúde em um mesmo lugar!